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5 maneiras como as montadoras têm mais lucros ao vender inovação

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5 maneiras como as montadoras têm mais lucros ao vender inovação

Comprar um carro é, depois da aquisição de imóveis, um dos maiores investimentos que alguém costuma fazer. Cada novo cliente representa centenas de milhares de reais à montadora, que ainda tentará fidelizá-lo ao longo de décadas.

Para que um modelo seja escolhido em detrimento da concorrência, vale de tudo: algumas marcas ressaltam vantagens técnicas, outras apostam na questão passional, apelando à estética e à performance. Mas, como a concorrência só aumentando, cada oportunidade de vender o peixe importa.

Por isso, confira cinco coisas que as montadoras utilizam para contar vantagem em seus veículos de maneira criativa. São itens vendidos como upgrades, mas que, antes de tudo, existem para aumentar os lucros.

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1. Telas grandes

A maioria dos consumidores mundo afora costuma associar carros com centrais multimídia grandes e quadros de instrumentos digital a tecnologia, elevando a percepção de valor dos veículos. Tal fato é a deixa ideal para que as montadoras ofereçam displays generosos até em modelos de entrada e economizem bastante com isso.

Exemplo disso é a Stellantis: o conglomerado usa a mesma multimídia de 10″ em seus SUVs mais baratos e mais caros à venda no Brasil — Fiat Pulse e Jeep Commander, respectivamente. Dessa forma, é possível comprar as telas em maior quantidade, pagando menos por unidade aos fornecedores.

Painel do Pulse…
e do Commander compartilham a mesma multimídia

As telas permitem que o ferramental da linha de produção seja padronizado, diminuindo os custos com diferentes linhas de produção. Uma outra vantagem para os consumidores, entretanto, é que, em teoria, esse arranjo favorece a reposição de visores com problema, tornando mais fácil e mais barato pagar por um equipamento novo.

2. Materiais reciclados

Quando o Volvo EX30 foi lançado, a marca sueca destacou o amplo uso de materiais reciclados no SUV elétrico. A cabine, por exemplo, pode ser revestida com jeans (aproveitado de calças velhas) ou fibras desenvolvidas a partir de garrafas PET que iriam para o lixo.

Acabamento do Volvo EX30 usa materiais reciclados

Os plásticos dos painéis são feitos de persianas e esquadrias descartadas. O aço de partes sem função de segurança na carroceria vem de antigas construções, tendo passado por nova fundição. E há exemplos ainda mais curiosos como a Cadillac, que vem testando um tecido produzido através de fungos cultivados em laboratório.

O apelo ambiental é o que predomina na publicidade desses atributos, e os designers lutam para que a aparência modernosa seja encarada como algo bacana pelos compradores. Mas nada se compara ao lucro que a sustentabilidade traz.

Segundo dados da Edmunds, a Ford economiza US$ 30 milhões por ano graças aos materiais mais baratos. No caso da Volvo, a matéria-prima sustentável ajuda na obtenção de créditos de carbono, que são vendidos por até US$ 200 milhões anualmente para companhias que poluem mais do que o permitido.

3. Sistema start-stop

O sistema start-stop é anunciado como uma solução para que os motoristas economizem combustível — e o fato do carro desligar seu motor ao parar no semáforo é tido como uma função básica de tecnologia limpa.

A verdade é que, acima de tudo, o start-stop é essencial para que as fabricantes consigam atender às normas de emissões mais rígidas, gradativamente impostas no mundo todo.

Foto: Shutterstock

Os testes do Inmetro que calculam consumo de combustível e poluição dos carros, por exemplo, simulam um trajeto que inclui várias paradas, a fim de representar momentos em que o carro para em uma esquina ou semáforo. Como o start-stop desliga o motor nessas ocasiões, emite-se menos gases e dá para passar no teste.

É por isso, também, que o start-stop sempre está ativado quando você liga o carro: caso o sistema possa ficar desligado até ser ligado de novo manualmente, o teste de laboratório é feito sem a função.

4. Carros elétricos

Não trata-se de uma “conspiração da indústria do petróleo”, mas, não fosse por muita pressão, os carros elétricos talvez nunca saíssem do papel. Afinal de contas, a tecnologia dos veículos a combustão está consolidada há cerca de 100 anos e os custos bilionários de criar automóveis completamente novos não fariam sentido ao objetivo de qualquer marca de carro: gerar lucro.

Mas os cientistas finalmente convenceram líderes políticos de que controlar o aquecimento global é questão de sobrevivência humana; assim, a exigência de que, em até duas décadas, a emissão de carbono pelos transportes seja zero foi imposta com força de lei.

Como não tinha tradição, Tesla, BYD e semelhantes já cresceram ajustadas à nova realidade. Marcas longevas, por outro lado, vêm lutando para encontrar uma estratégia adequada para os veículos elétricos.

A maioria delas, inclusive, ainda registra fortes prejuízos com o desenvolvimento e comércio de EVs — a Ford prevê que seus carros elétricos gerarão prejuízo de US$ 5 bilhões ao longo de 2025. Não para onde correr, entretanto: ainda que seja difícil para algumas montadoras encontrar um jeito lucrativo, é uma solução menos amarga do que simplesmente deixar de existir.

5. Carros por assinatura

Se você não tem dinheiro para comprar um carro à vista, terá que encarar um financiamento com juros elevados por causa da taxa Selic. Mas fabricantes e locadoras têm uma alternativa: o leasing, chamado no Brasil de carro por assinatura.

O cliente assina um contrato de um, dois ou três anos, na maioria dos casos, e tem entre 500 e 2.000 km de franquia para rodar a cada mês. Não há entrada e costuma-se pagar entre R$ 1.000 a R$ 10.000/mês (no caso de veículos luxuosos). Em compensação, os custos de documentação, IPVA, seguro e revisões é por conta da empresa.

Algumas montadoras sonham em emplacar essa ideia. Nesse esquema, não é preciso dividir o lucro com as locadoras ou ver o spread dos bancos tornar o financiamento caro demais para determinado modelo.

Além disso, fica mais barato cuidar da revisão da frota de maneira unificada, e os pagamentos mensais estabilizam o fluxo de caixa da companhia, facilitando o planejamento financeiro.

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