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6 leis que trilharam o caminho para a abolição da escravatura no Brasil

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6 leis que trilharam o caminho para a abolição da escravatura no Brasil

“A abolição da escravatura no Brasil não aconteceu de repente, muito menos foi um gesto de bondade da monarquia. Ela foi resultado de muita luta, resistência e mobilização, especialmente da população negra”, afirma Clarissa Lima, assessora pedagógica da Plataforma Amplia. Para entender como chegamos até a Lei Áurea, é preciso conhecer as leis e acontecimentos que moldaram esse processo — e perceber que, muito antes de 1888, já havia muita gente lutando contra o sistema.

Conheça, abaixo,

1. O Tratado Anglo-Brasileiro (1826)
O primeiro passo formal foi o Tratado Anglo-Brasileiro de 1826, ratificado no ano seguinte. Na prática, o Brasil prometeu à Inglaterra acabar com o tráfico de pessoas escravizadas até 1830. A pressão externa foi intensa — com nomes como Lord Strangford e William Wilberforce — e contou com articulação interna de figuras como Luís José de Carvalho e Melo e José Bonifácio de Andrade e Silva. Mas, paralelamente, a resistência negra já agia: fugas organizadas, formação de quilombos e mobilizações coletivas mostravam que o sistema só se sustentava com violência constante.

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2. A Lei Feijó (1831)
Poucos anos depois, veio a chamada “Lei Feijó”, referência ao padre Diogo Antônio Feijó, então Ministro da Justiça. Ela garantia liberdade para todas as pessoas africanas que chegassem ao Brasil a partir daquela data. “Só que ela praticamente não foi cumprida. Por isso, ficou conhecida como a lei ‘para inglês ver’. Mesmo assim, ativistas negros, como Luiz Gama, usaram essa lei nos tribunais para libertar muitas pessoas escravizadas. Foi uma forma de subverter a lei a favor da liberdade”, conta Clarissa.

Enquanto isso, do outro lado do Atlântico, a Inglaterra aprovava o Bill Aberdeen (1845), que autorizava seus navios a apreenderem embarcações brasileiras envolvidas no tráfico. No Brasil, as redes de resistência continuavam ativas, dificultando cada vez mais o comércio de pessoas escravizadas.

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3. A Lei Eusébio de Queirós (1850)
Com pressão interna e externa acumulada, o governo aprovou a Lei Eusébio de Queirós, que realmente proibiu o tráfico para o Brasil. A escravização passou a depender apenas da reprodução interna. A resistência negra seguiu firme: fugas, compra de alforrias e redes de apoio entre libertos.

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4. A Lei do Ventre Livre (1871)
Aprovada em 1871, prometia liberdade para filhos de mulheres escravizadas nascidos a partir daquela data, mas sob tutela dos senhores até os 21 anos. “Muitas mães negras enfrentaram dificuldades para garantir a liberdade real dos filhos. Ainda assim, essa lei foi usada por famílias, irmandades e abolicionistas como uma brecha para pressionar por mais libertações”, diz Clarissa.

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5. A Lei dos Sexagenários (1885)
A lei dava liberdade a pessoas escravizadas com mais de 60 anos, mas obrigava mais três anos de trabalho. Na prática, chegava tarde para quem já estava debilitado.

Enquanto isso, províncias como o Ceará e o Amazonas se adiantaram. No Ceará, os jangadeiros se recusaram a transportar pessoas escravizadas, um gesto simbólico e poderoso.

6. A Lei Áurea (1888)
Finalmente, em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea aboliu oficialmente a escravização no Brasil. Contudo, sem oferecer reparações, terras ou oportunidades. “A abolição foi um marco, mas não significou o fim da desigualdade. Sem políticas de reparação, a população negra brasileira seguiu enfrentando exclusão, racismo e negação de direitos básicos. Até hoje, a luta por igualdade continua e tem na juventude negra uma de suas maiores forças”, afirma Clarissa.

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Depois da abolição: outras vitórias
Segundo a educadora, foi graças à mobilização de muitas gerações que o racismo passou a ser considerado crime no Brasil, com a Lei Caó (1989). Também foi conquista do movimento negro a criação da Lei nº 10.639 (2003), que tornou obrigatório o ensino da história e cultura africana e afro-brasileira, e a Lei de Cotas (2012), que abriu as portas das universidades públicas para milhares de jovens negros.

“Essas leis mostram que a liberdade assinada em 1888 só faz sentido quando se transforma em igualdade real e que essa caminhada ainda está em curso, puxada por quem insiste em mudar o presente para transformar o futuro”, conclui Clarissa.

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