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Saiba por que data centers de IA no Brasil preocupam ambientalistas

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Saiba por que data centers de IA no Brasil preocupam ambientalistas

O Brasil está prestes a se tornar o principal polo de infraestrutura para Inteligência Artificial (IA) da América Latina. Nos últimos dois anos, empresas nacionais e estrangeiras passaram a demonstrar interesse em abrigar centros do tipo no país, mas só mais recentemente o projeto começou a tomar forma. Em fevereiro deste ano, a americana RT-One, empresa especializada em IA e processamento de dados na nuvem, anunciou um plano bilionário de construir um data center em Maringá (PR), sul do país.

O empreendimento, com previsão para 2026 e investimento de R$ 6 bilhões, ocupará uma área de 400 mil metros quadrados e deverá gerar ao menos 2 mil empregos diretos, segundo o CEO da empresa, Fernando Palamone. A notícia foi celebrada por profissionais da área e pelo próprio governo federal, que vem criando uma série de políticas públicas — como a recém-lançada Nova Política de Data Centers e o Plano Nacional de Data Centers (Redata) — com benefícios fiscais para transformar o Brasil em um exportador de serviços digitais de alto valor agregado.

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Hoje, estima-se o setor que cerca de 95% da IA utilizada no país é processada no exterior. Sim, a sua pergunta para o ChatGPT “viaja” o mundo antes de te responder. Mas não apenas isso: ela bebe água, muita água.

Para dar conta das IAs, os data centers contam com servidores de alta performance que operam em temperaturas altíssimas, obrigando a necessidade de um sistema de resfriamento à base de água. Os números são surpreendentes: um único centro de grande porte pode consumir milhões de litros em um único dia (por vezes o equivalente ao consumo de uma cidade pequena inteira). Em muitos casos, a água é evaporada em torres de resfriamento, tornando-se indisponível para outros usos.

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E é essa a preocupação dos ambientalistas.

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Impacto das IAs no meio ambiente
Demonstração do sistema de resfriamento de um data center, em inglêsThe immersion cooling technology: Current and future development in energy saving/Alexandria Engineering Journal/Reprodução

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Vislumbrando além do otimismo com a geração de empregos e o avanço tecnológico, ambientalistas alertam para o impacto ambiental que a instalação dos complexos podem causar no país — que, vale lembrar, é uma das nações com a maior disponibilidade hídrica do mundo. O receio é que os incentivos do governo para a entrada das big techs por aqui aumente rapidamente a demanda por recursos, sem que haja estudos de impacto aprofundados, ou até mesmo tempo hábil para recuperação.

A cada 100 palavras geradas pelo ChatGPT, gasta-se meio litro de água e 0,14kWh — o equivalente a cerca de 14 lâmpadas LED acesas por uma hora. 

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“O que a gente sabe é que essas infraestruturas dependem de um consumo gigante de energia, de água para resfriar esses servidores. Elas dependem de um consumo de minerais, minerais chamados críticos para a transição energética, o que pode aumentar também a busca por empreendimentos minerários e exploração de minérios”, explicou Júlia Catão Dias, do Instituto de Defesa de Consumidores (Idec), ao g1. “Qual é o cálculo que diz que a gente tem água suficiente sem que isso implique uma crise hídrica para a população?”

Até o momento, a preferência pelo sul do país é explicada, sobretudo, em função da proximidade com a usina de Itaipu e o clima ameno — o que poderia reduzir os custos do resfriamento dos equipamentos. No entanto, isso não tira outros estados e regiões da mira. Nas últimas semanas, tornou-se público o interesse do TikTok, big tech chinesa, em construir um data center no Ceará, mais especificamente na cidade de Caucaia. O município sofre historicamente com a seca.

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Segundo um estudo da Universidade da Califórnia, os data centers localizados em regiões áridas ou com escassez hídrica são os que enfrentam os maiores desafios. Em 2023, cerca de 42% da água utilizada pela Microsoft veio de regiões com alto estresse hídrico. A falta de transparência das empresas também dificulta análises mais detalhadas sobre as pegadas hídrica e energética associadas à IA. Segundo os ambientalistas, muitas companhias subestimam ou não divulgam completamente seus consumos reais.

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