Embora a estratégia tarifária caótica do presidente dos EUA, Donald Trump, tenha perturbado o mercado de petróleo por meses, seus novos ataques aos parceiros comerciais esta semana solidificaram o consenso em pelo menos um assunto: a perspectiva para a demanda por petróleo bruto deve piorar.
Os investidores em petróleo ignoraram amplamente as notícias sobre o comércio por semanas, enquanto o conflito no Oriente Médio comandava a movimentação dos preços, mas a recente enxurrada de cartas tarifárias de Trump — contendo algumas das maiores alíquotas de impostos até o momento — está reacendendo as preocupações de que uma guerra comercial global reduzirá o consumo de petróleo bruto.
Perspectiva
A perspectiva de queda na demanda representa mais um golpe para um mercado que já sofre com as expectativas generalizadas de um excesso de oferta ainda este ano. Além da guerra comercial, a perspectiva econômica sombria para a China, maior importadora de petróleo bruto, está alimentando preocupações de que o mercado terá dificuldades para absorver a oferta extra no segundo semestre do ano.
“Todo o foco está na demanda e nas tarifas”, disse Joe DeLaura, estrategista global de energia do Rabobank.
“O equilíbrio entre oferta e demanda tem sido difícil de acompanhar ultimamente”, disse Mark Malek, diretor de investimentos da Siebert. “Há todos os tipos de fatores que nunca tivemos tradicionalmente”, incluindo um mercado paralelo em expansão e um ciclo de notícias em rápida evolução.
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