Nas paredes da antiga sala de sessões do Supremo Tribunal Federal (STF), no Centro Cultural da Justiça Federal (CCJF), no Rio de Janeiro, há quatro painéis, descobertos durante uma restauração feita nos anos 1990. Dois deles representam os imperadores romanos Claudio e Justiano, o terceiro, o poeta Cicero e o quarto… Bem, o quarto ninguém sabe. Afetado pela ação do tempo, o painel parece incompleto, impossibilitando a revelação da figura retratada.
Não consta nas atas, não há mais identificação no painel, e, segundo especialistas, tampouco corresponde a algum outro personagem histórico já associado ao Supremo ou ao momento retratado. Seria outra figura romana? Um político da República? Um herói nacional?
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Os únicos vestígios são os fragmentos da moldura e as palavras em latim “Abusus non est usus” — que, provavelmente, deve ser um trecho da expressão “Abusus non est usus, sed corruptela”, isto é, “Abuso não é uso, é corrupção”.
Agora, uma iniciativa do Centro Cultural da Justiça Federal (CCJF) e da Caixa Econômica Federal quer transformar essa lacuna em um desafio nacional, com recompensa de até R$5 mil para quem ajudar a solucionar.
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Sherlock Holmes à brasileira
À esquerda, painel misterioso que é tema de concurso do CCJFCCJF/Divulgação
O concurso “Quis Ego Sum” (“Quem sou eu?”, em latim) foi lançado no última terça-feira (15) e convida pesquisadores, estudantes universitários e profissionais das áreas de História, Artes, Direito, Arquitetura, Restauração, Museologia e Filosofia a tentarem decifrar o mistério. Para participar, o candidato deve preparar e enviar uma hipótese fundamentada ao CCJF, utilizando pesquisa documental, análise iconográfica, registros de época, publicações em jornais ou qualquer recurso que possa embasar a argumentação.
O projeto pode propor tanto o nome de uma figura histórica quanto uma alegoria conceitual, desde que a justificativa seja clara e referenciada.
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As propostas serão avaliadas por uma comissão formada por especialistas em patrimônio histórico, iconografia, direito romano, museologia, restauração, arte e representantes da instituição. Os critérios de análise envolvem a coerência histórica da sugestão (até 30 pontos), fundamentação simbólica e conceitual (25 pontos), clareza da argumentação (20 pontos), relação com a frase “Abusus non est…” (15 pontos) e originalidade da abordagem (10 pontos).
Os três melhores trabalhos receberão prêmios em dinheiro: R$ 5 mil para o primeiro lugar, R$ 2 mil para o segundo e R$ 1 mil para o terceiro, além de certificados e publicação da proposta nos canais institucionais. O regulamento prevê ainda a concessão de até duas menções honrosas para hipóteses relevantes, mas que não tenham sido totalmente comprovadas.
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As inscrições são gratuitas e permanecem abertas até 30 de setembro, exclusivamente pelo e-mail premio.ccjf@trf2.jus.br.
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Para mais informações, acesse o edital completo do concurso.
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