Montadora promete veículo de médio porte com lançamento em 2027, mais espaço interno e montagem até 40% mais rápida
A Ford anunciou um avanço estratégico para democratizar os veículos elétricos no mercado global. A marca apresentou a Plataforma Universal de Veículos Elétricos e o Sistema Universal de Produção de Veículos Elétricos, desenvolvidos para viabilizar uma nova família de modelos acessíveis e de alta qualidade, começando por uma picape elétrica média de quatro portas que será produzida na Fábrica de Louisville (EUA) a partir de 2027.
Segundo a Ford, o projeto nasceu da união entre a tradição de uma companhia com 122 anos de história e a agilidade de uma start-up do Vale do Silício. “Adotamos uma abordagem radical para um desafio muito difícil: criar veículos acessíveis que agradem os clientes em todos os aspectos importantes – design, inovação, flexibilidade, espaço, prazer de dirigir e custo de posse, com trabalhadores americanos”, afirmou Jim Farley, presidente e CEO da empresa.
O investimento previsto é de quase US$ 2 bilhões na planta de Louisville para a montagem do modelo. Somando aos US$ 3 bilhões já anunciados para a construção do BlueOval Battery Park Michigan – que produzirá baterias LFP prismáticas para a picape – o total chega a US$ 5 bilhões.
A nova arquitetura foi desenhada para reduzir custos e otimizar processos. Ela possui 20% menos peças, 25% menos fixadores e exige 40% menos estações de trabalho na fábrica, com montagem até 15% mais rápida. No caso da picape média, o chicote elétrico será 1,3 km mais curto e 10 kg mais leve que o de um SUV elétrico de primeira geração da marca.
As baterias prismáticas de fosfato de ferro-lítio (LFP) prometem durabilidade, menor custo e ausência de cobalto e níquel. Incorporadas ao piso do veículo, ajudam a reduzir o peso e a baixar o centro de gravidade, melhorando a dirigibilidade e ampliando o espaço interno. A Ford afirma que a picape terá cabine ampla, porta-malas dianteiro (frunk) e caçamba com capacidade para equipamentos volumosos.
O desempenho também é prioridade. A fabricante promete aceleração de 0 a 100 km/h semelhante à de um Mustang EcoBoost, com mais força descendente e comportamento dinâmico aprimorado. “Nossa nova arquitetura elétrica zonal abre possibilidades que a indústria nunca viu. Não é um veículo tradicional simplificado”, afirmou Doug Field, diretor de EVs, digital e design da Ford.
O novo Sistema Universal de Produção rompe com a esteira tradicional e adota um formato em “árvore de montagem”, no qual três subconjuntos (frente, traseira e bateria estrutural) são produzidos separadamente e depois unidos. Grandes peças de alumínio fundido substituem dezenas de componentes menores, reduzindo complexidade e tempo de trabalho.
Cada etapa é abastecida com kits completos de peças e ferramentas, melhorando a ergonomia e eliminando movimentos desgastantes para os operadores. Essa integração com a nova plataforma permitirá que a montagem da picape seja 40% mais rápida que a de modelos atuais na fábrica, resultando também em ganhos de qualidade e custo.
A planta receberá expansão de 4.800 m² e melhorias logísticas, além de uma rede digital mais veloz e com maior cobertura de pontos de acesso para ampliar o controle de qualidade. “Esperamos que as inovações ergonômicas e a redução da complexidade – através da eliminação de peças, conectores e fios – resultem em ganhos significativos de qualidade e custo”, afirmou Bryce Currie, vice-presidente de Manufatura das Américas da Ford.
Mais detalhes sobre preço, autonomia e tempo de recarga da nova picape elétrica serão divulgados futuramente.
Foto principal | Ford/Divulgação
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