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Bolsa brasileira pode disparar até 70% com fim do “lulismo”, avalia gestor da Apex

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Bolsa brasileira pode disparar até 70% com fim do “lulismo”, avalia gestor da Apex

Em meio à menor participação histórica de ações na carteira dos investidores brasileiros, a gestora Apex Capital vê uma oportunidade rara na Bolsa. Para Fábio Spínola e Paulo Weikert, sócios da casa fundada em 2011, o cenário político é o maior entrave para o fluxo voltar ao mercado de risco — e a alternância de poder pode destravar um rali expressivo.

“O prazo de validade do lulismo está aí. Isso existe. A dúvida é quanto tempo isso ainda dura”, afirma Spínola, ao avaliar que um novo ciclo político pode gerar choque de confiança no investidor. Segundo ele, esse movimento, aliado a uma queda estrutural de juros, poderia levar o Ibovespa a subir entre 60% e 70%, superando a média histórica de valuation.

O gestor argumenta que hoje a Bolsa opera um desvio padrão abaixo da média dos últimos 20 anos, e que, para voltar apenas à média — sem aumento de lucros —, haveria potencial de alta de cerca de 30%. “Se esse apetite a risco de fato virar, eu não acho que você pare na média histórica. Acho que você vai buscar o desvio padrão superior”, diz.

A leitura é que, apesar de o CDI elevado competir com as ações, os papéis têm um “duration” mais longo e podem superar ativos de renda fixa quando o mercado retomar o apetite por risco.

“O fluxo que saiu de Bolsa, multimercado e outros ativos vai achar o caminho de volta.”

— Fábio Spínola, da Apex Capital

Menor alocação histórica e empresas recomprando ações

O diagnóstico da Apex é que o dinheiro migrou para a renda fixa, especialmente para títulos públicos incentivados e fundos de crédito privado com liquidez diária. A consequência é a menor alocação em Bolsa já registrada, seja entre famílias de alta renda atendidas por private banks, seja em fundações, fundos de pensão ou investidores pessoa física.

Hoje, o principal comprador marginal de ações no Brasil são as próprias companhias, por meio de programas de recompra e pagamento de dividendos.

“A empresa é quem mais conhece o negócio. Quando ela recompra, está dizendo: minha ação está barata.”

— Fábio Spínola, da Apex Capital

O gestor reconhece que é difícil competir com juros reais de 7,5% na curva longa, mas pondera que esses papéis têm prazo curto.

“Quando o mercado liberar o apetite ao risco, a Bolsa vai andar bem mais do que essa papelada, porque o duration da Bolsa é mais longo”, afirma.

Na visão da casa, a questão fiscal é o maior desafio interno. Um simples sinal de responsabilidade fiscal, ainda que sem resolver o problema por completo, já seria suficiente para destravar o investimento.

“Isso libera o espírito animal do empresário e do investidor”, resume.

Estrangeiro recua e cenário político trava capital

O investidor estrangeiro, que antes via o Brasil como porto seguro geográfico e político em relação a conflitos globais, também reduziu a posição.

“Você teve movimento de venda, medido pelos números da B3. O Brasil estava ganhando de W.O., mas entrou no bolo depois que o Trump colocou o país no alvo.”

— Paulo Weikert, da Apex Capital

Segundo a Apex, uma alternância política poderia reverter esse quadro e destravar entradas mais consistentes de capital externo.

“Dinheiro de verdade vem com alternância política. Até lá, existe um desalento dos investidores.”

— Fábio Spínola, da Apex Capital

Hoje, muitos estão “sentados na mão”, segundo ele, evitando movimentos precipitados.

“A hora que o fluxo virar, vai andar rápido. O estrangeiro busca crescimento. Se começar a cortar juro de forma estrutural, com endereçamento fiscal, o dinheiro vem”, reforça.

Apesar do ambiente incerto, a Apex mantém posição relevante em ações nos fundos com mais liberdade de mandato, usando proteções com opções para reduzir riscos.

“Não dá para não ter Bolsa. Tem que ter alguma coisa que você possa aumentar ao longo do caminho”, afirma Spínola.

Setores vencedores mesmo no ambiente ruim

A Apex observa que, mesmo com o índice fraco, há empresas no patamar mais alto da história.

É o caso de nomes da construção civil de baixa renda, como Direcional (DIRR3) e Cury (CURY3), além de Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Embraer (EMBR3) – esta última subiu de R$ 20 para R$ 78 em dois anos, impulsionada por crescimento de lucros e expansão de múltiplos.

“Essas empresas estão crescendo lucro barbaramente ao longo dos anos. Continua barato, mesmo com múltiplo mais alto. Se há capacidade de continuar crescendo, está ok comprar”, diz Spínola.

O gestor ressalta que a escolha dos setores e empresas certas é crucial para atravessar a volatilidade.

“Você tem que estar nas empresas onde está tranquilo, que sejam um investimento bom e assimétrico.”

— Fábio Spínola, da Apex Capital

Para ele, a experiência no mercado mostra que crises passam e que momentos de valuation baixo são oportunidades para quem investe com horizonte mais longo.

“O Brasil nunca é zero e nunca é dez. É um cinco. Mas o mercado volta”, conclui.

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