O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fala à imprensa após votar nas eleições parlamentares do país, em Caracas, Venezuela, em 25 de maio de 2025. REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou a mobilização de 25 mil militares da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) para reforçar a vigilância nas regiões fronteiriças com a Colômbia e o Caribe, em meio à escalada de tensão com os Estados Unidos, que patrulham águas próximas ao território venezuelano.
A decisão ocorre dias após a Marinha norte-americana afundar uma embarcação com 11 supostos narcotraficantes vindos da Venezuela. Fontes do governo Donald Trump, ouvidas pela agência AFP, afirmam que ações militares pontuais contra alvos ligados ao narcotráfico em solo venezuelano não estão descartadas.
Em publicação nas redes sociais na noite de domingo (7), Maduro justificou a mobilização como um ato de defesa nacional.
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“Ordenei a mobilização de 25 mil homens e mulheres da nossa gloriosa FANB. Esta mobilização tem como objetivo primordial a defesa da soberania nacional, a segurança do país e a luta pela paz”, escreveu o presidente.
A mobilização reforça as chamadas Unidades de Reação Rápida (URRAS), especialmente na chamada “Zona Binacional de Paz”, que abrange os estados de Táchira e Zulia, fronteiriços com a Colômbia.
Também há presença reforçada na costa caribenha ocidental, em La Guajira e Falcón, onde se localizam as principais refinarias de petróleo do país, e na faixa atlântica oriental, nos estados de Nueva Esparta, Sucre e Delta Amacuro, este último próximo à Guiana.
Marinha dos EUA pressiona
O ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, confirmou que a nova mobilização soma-se a 10 mil militares já ativos, com o envio de drones, equipamentos navais e fluviais para áreas estratégicas, incluindo a Serra de Perijá, onde operam grupos de guerrilha colombiana e narcotraficantes, segundo autoridades da Colômbia.
“Ninguém virá fazer o que corresponde a nós mesmos”, declarou Padrino, ao anunciar o reforço do patrulhamento aéreo, terrestre e naval.
O plano também prevê o uso de milicianos, integrantes de forças auxiliares leais ao governo. Maduro afirmou que 220 mil milicianos já foram convocados e serão integrados nas ações de segurança nos próximos dias.
Washington ameaça
Em meio ao avanço da mobilização naval americana, o presidente dos EUA, Donald Trump, endureceu o tom e ameaçou derrubar aviões venezuelanos que representem ameaça às operações navais na região.
Segundo o governo Trump, as patrulhas fazem parte de uma estratégia de combate ao narcotráfico, com foco em rotas suspeitas na costa venezuelana. Caracas, por sua vez, vê as ações como provocação militar e violação de soberania.
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