Ligar o Spotify muitas vezes significa relaxar e se desconectar um pouquinho dos estudos. Mas, e se desse para unir o útil ao agradável e juntar a preparação para o vestibular às suas canções preferidas? Não é impossível!
O GUIA DO ESTUDANTE preparou uma lista de dez das mais variadas canções que caíram nos vestibulares, e que talvez estejam nas suas playlists.
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Além da diversidade de gêneros e artistas, as provas também priorizam a variedade de disciplinas conectadas às músicas. Isso porque as letras das obras podem abrir espaço para a intertextualidade, uma tendência cada vez mais forte nos vestibulares. Além disso, contextualizar os conhecimentos com algo próximo do cotidiano é uma aposta para gerar mais identificação e engajamento dos estudantes.
Outro atrativo é a riqueza linguística. Figuras de linguagem, variação regional e coloquialismos aparecem com frequência em letras, o que oferece um terreno fértil para a análise gramatical e estilística.
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As canções também funcionam como documentos sociais, assim como outras formas de arte (visuais, literárias etc) que aparecem nas provas. Muitas delas falam de um período específico, seu contexto socioeconômico, e contam um pouco da visão do artista sobre aquele local – no espaço e no tempo.
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De forma geral, para se sair bem em questões envolvendo músicas, o aluno precisa encarar a letra como texto literário, contextualizar quando foi escrita, observar vocabulário, gírias e repetições, buscar o subtexto (isto é, aquilo que está sendo criticado ou exaltado) e, claro, ler com atenção o enunciado.
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1. Fuvest Swifter
–Fuvest/Reprodução
A Fuvest 2025, que dá acesso à Universidade de São Paulo (USP), utilizou uma música da Taylor Swift lançada em 2024 (do álbum The Tortured Poets Department), ou seja, bem recente em relação ao momento da prova. Apesar de ser uma questão da disciplina de Língua Inglesa, ela trabalha a interpretação semântica e filosófica do texto. O estudante precisa ir além da tradução literal do inglês e reconhecer a noção de “construct” no sentido acadêmico de “construção social”, em ciências humanas.
Gabarito: E
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2. Música e biomas
–Enem/Reprodução
Nesta questão do Enem, a banca usa a clássica “Asa Branca”, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, como documento cultural que retrata o semiárido nordestino. A ideia é que o candidato reconheça o bioma representado, a Caatinga, e identifique sua principal característica ambiental. A letra descreve a seca, a perda de gado e a fuga até das aves, ou seja, fenômenos diretamente relacionados à escassez de chuva. A música, portanto, funciona como registro popular de uma condição ecológica, fazendo, portanto, a conexão com temas de geografia e biologia.
Gabarito: A
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3. Na Unicamp, no Enem
–Enem/Reprodução
O álbum “Sobrevivendo ao Inferno”, dos Racionais MCs, já foi cobrado como leitura obrigatória na Unicamp – mas também apareceu no Enem 2024. Aqui, ela está em conjunto com o texto acadêmico de Wilson Garcia. A canção traz imagens de violência, confronto e identidades múltiplas (“juiz ou réu”, “anjo ou sádico”). Mas a chave está logo no início: “Minha palavra vale um tiro, eu tenho muita munição”. A “palavra” é usada como arma: um recurso metalinguístico, porque o próprio ato de cantar é tematizado como forma de luta.
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Gabarito: C
4. Canção também é poesia e comunicação
–Enem/Reprodução
Essa questão do Enem 2022 mostra que os enunciados com músicas também podem ser diretos e retos, bem no estilo de algumas do exame. A letra de Chico Buarque está construída sob a função poética, marcada por ritmo, repetições e imagens literárias (“cana, caqui / inhame, abóbora”). Mas a questão quer que o candidato perceba onde aparece a função emotiva, isto é, quando o eu lírico expressa sentimentos, subjetividade e marcas da primeira pessoa.
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Gabarito: C
5. Versos que contam histórias
–vestibular/Reprodução
Se enganou quem achou que a música só aparece em enunciado: nesta prova da PUC-RJ, ela está nas alternativas. “O bêbado e o equilibrista” virou hino da anistia, associando arte e mobilização social, algo que aproxima o tema da memória cultural do período. Gravada por Elis Regina, a canção tem personagens metafóricos, como os que dão seu nome, e também reais: “o irmão do Henfil” é uma referência a Betinho (Herbert de Souza), sociólogo e ativista, que estava exilado; Henfil, o cartunista famoso. Já “Marias e Clarisses” evoca Maria Helena, a mãe do jornalista Vladimir Herzog, assassinado pelo regime, e Clarice, sua esposa.
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Gabarito: E
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