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“A gente” é plural ou singular?

“a-gente”-e-plural-ou-singular?

“A gente” é plural ou singular?

Você já se perguntou se “a gente” é plural ou singular? Parece pegadinha de prova de português, mas a resposta tem tudo a ver com história da língua, uso cotidiano e até música do Chico Buarque. Bora entender?

Primeiro: “a gente” é um pronome, sim! E apesar de passar a ideia de plural (porque substitui o “nós”), o verbo que o acompanha fica na terceira pessoa do singular. Isso tem raiz na origem da expressão, que vem de “agente” (junto mesmo!), usada antigamente com sentido vago, como “a pessoa” ou “alguém”.

Mais tarde, para diferenciar o substantivo oficial “agente” (como o da polícia), passou-se a escrever “a gente” separado. Por isso, hoje usamos assim: “A gente vai à escola” (e não “a gente vamos”).

E, sim, está certíssimo! Inclusive, cerca de 80% dos falantes brasileiros usam “a gente” com esse valor de “nós”, segundo dados do NURC-Brasil (Projeto de Estudo da Norma Urbana Culta).

Pode dizer “a gente falamos”?
Mas e quando alguém diz “a gente falamos”? Está totalmente errado? Na Língua Portuguesa, essa concordância verbal pode ser considerada uma silepse, ou seja, uma figura de linguagem em que o verbo concorda com a ideia e não com a gramática certinha.

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Esse tipo de expressão é comum na oralidade ou na literatura, onde o estilo fala mais alto que a regra. É como se fosse uma “licença poética”. Por isso, é possível flexibilizar seu uso, sim. Só cuidado para não usar em redações formais, como no Enem.

E como usar no dia a dia? Veja esses cinco exemplos de frases:

A gente vai ao cinema depois da aula.
Mesmo cansados, a gente continua tentando.
A gente precisa conversar com o professor antes da aula.
Acho que a gente esqueceu o dinheiro em casa.
Quando a gente estuda junto, tudo fica mais fácil.

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Quer mais exemplos? Veja trechinhos de duas músicas de Chico Buarque que representam bem esse jeitinho brasileiro de falar da gente:

À flor da idade

“A gente faz hora, faz fila na vila do meio-dia

Pra ver Maria

A gente almoça e só se coça e se roça e só se vicia

A porta dela não tem tramela

A janela é sem gelosia

Nem desconfia

Ai, a primeira festa, a primeira fresta, o primeiro amor”

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Roda Viva

“Tem dias que a gente se sente

Como quem partiu ou morreu

A gente estancou de repente

Ou foi o mundo então que cresceu

A gente quer ter voz ativa

No nosso destino mandar

Mas eis que chega a roda-viva

E carrega o destino pra lá”

*Colaborou Ivan Gomes de Oliveira, professor de gramática e linguagens no ensino médio do Colégio Agostiniano Mendel e doutorando em Linguística Aplicada pela Unicamp.

Veja outras dúvidas de português.

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