Sede da CBF, na Barra da Tijuca. Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil via Wiki Commons
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Às vésperas da eleição presidencial da CBF, marcada para o próximo domingo (25), a maioria dos clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro divulgou uma nota exigindo mudanças estruturais na entidade.
As reivindicações, articuladas por integrantes da Libra e da Liga Forte União (LFU), miram principalmente alterações no estatuto da confederação e a criação de uma liga independente para gerir as propriedades comerciais das competições nacionais.
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Samir Xaud, candidato único e favorito ao cargo, conta com apoio majoritário das federações, mas não do bloco dos clubes.
Entre os oito pontos apresentados na nota estão a revisão do modelo eleitoral — que dá peso triplicado aos votos das federações estaduais —, o compromisso com a criação da Liga, a profissionalização da arbitragem e a inclusão dos clubes em todas as assembleias da CBF. As equipes também pedem regras de fair play financeiro e mais investimento nas Séries B, C e D, além do futebol feminino.
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Embora divulgada pela LFU, a nota também tem o apoio de clubes da Liga do Futebol Brasileiro (Libra). Os dois blocos têm se unido em algumas situações, inclusive quando tiveram de escolher qual candidatura apoiar.
Apenas dez clubes assinaram chapa de Xaud: Amazonas, Botafogo, CRB, Criciúma, Grêmio, Palmeiras, Paysandu, Remo, Vasco e Volta Redonda.
Os demais apoiavam a candidatura de Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF). Apesar de ter 30 clubes ao seu lado, o dirigente paulista não conseguiu registrar a candidatura porque não angariou o apoio de ao menos oito federações, conforme determinado pelo regulamento da CBF.
Por outro lado, Xaud conta com 25 das 27 federações estaduais — o que, no sistema atual, é mais do que suficiente para garantir sua aclamação.
Para inscrever uma chapa, são necessários apoios de oito federações e cinco clubes. No momento da votação, os clubes da Série A têm peso dois; os da Série B, peso um; e as federações, peso três, o que na prática esvazia o poder de decisão dos times.
A articulação frustrada para emplacar um nome alternativo gerou forte reação entre dirigentes.
“75% dos clubes demonstraram um desejo legítimo que sequer pode ser submetido ao voto”, afirmou Marcelo Paz, presidente do Fortaleza, líder da LFU e do Conselho Nacional de Clubes.
Já Alessandro Barcellos, presidente do Internacional, reforçou que o futebol vive um desequilíbrio de forças. “São os clubes que têm torcedores, não existe torcedor de federação”, disse.
A eleição acontecerá às 10h30 de domingo, na sede da CBF, no Rio de Janeiro.
Médico de 41 anos, Xaud deve suceder Ednaldo Rodrigues, que foi afastado por decisão judicial e anunciou nesta segunda-feira a desistência de retornar ao cargo.
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