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Como citar Paulo Freire na redação do Enem

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Como citar Paulo Freire na redação do Enem

Quando o assunto é tirar nota máxima na redação do Enem, poucos nomes são tão certeiros quanto o do educador Paulo Freire. Patrono da Educação Brasileira, Freire é referência mundial por propor uma educação que não se limita à transmissão de conteúdos: ele defendia que a verdadeira educação deve transformar a sociedade. 

Seu pensamento reforça a importância do conhecimento crítico da realidade – afinal, como o próprio Freire dizia, “o mundo não é, o mundo está sendo”, ou seja, está sempre em construção, pedindo novas ações e novas consciências. As ideias de Paulo Freire atravessaram tanto o tempo quanto as fronteiras geográficas.

Ele propôs uma educação ética, humanista, crítica, que valoriza a diversidade e o combate às desigualdades. Mais do que um educador, Freire virou um modo de pensar e agir. E isso faz dele um trunfo valioso para a redação do Enem, que cobra exatamente essa capacidade de refletir, argumentar e propor soluções conscientes. 

+ Quem foi Paulo Freire e por que ele é tão amado e odiado

Não por acaso, o Google Acadêmico já registra quase 500 mil citações sobre ele, e seu livro “Pedagogia do Oprimido” é o único título brasileiro entre os 100 mais pedidos nas universidades de língua inglesa! “Freire é fundamental porque sua visão de educação conecta conhecimento e transformação social. E a redação do Enem pede exatamente isso: capacidade crítica e responsabilidade cidadã”, destaca Sônia Couto, coordenadora do Centro de Referência Paulo Freire do Instituto Paulo Freire.

Como usar as frases inspiradoras de Paulo Freire
Agora que você já entendeu por que Paulo Freire é uma referência tão poderosa na área da educação, que tal usar suas ideias de forma estratégica na redação do Enem? 

As ideias freireanas podem se encaixar em muitos outros temas, já que as lacunas educacionais do Brasil sempre podem ser citadas como uma das causas para os problemas do país – seja racismo, violência contra a mulher, desigualdade social etc. 

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Olha só esses exemplos:

“Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor.”

Excelente citação para abordar a importância da educação crítica na superação da opressão e da desigualdade social.

“Não se pode falar de educação sem amor.”

Ideal para temas que envolvem empatia, acolhimento e o papel afetivo da escola. Mostra como o ensino humanizado é fundamental para promover vínculos, respeitar trajetórias e formar cidadãos conscientes.

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“Não há saber mais ou saber menos: há saberes diferentes.”

Ótima citação para argumentar sobre a valorização da diversidade cultural. Funciona muito bem em redações sobre educação quilombola, indígena e inclusão cultural.

Para completar, a educadora Sonia escolheu dois temas em que frases do patrono da educação brasileira podem dar aquele reforço de peso a seus argumentos. Confira abaixo!

+ Enem: 7 temas complexos já cobrados na redação

Tema 1: Analfabetismo funcional
Em uma redação sobre o analfabetismo funcional no Brasil, valeria citar pesquisas populacionais que apontem esse problema, ações de combate e usar frases de Freire para fortalecer seus argumentos. 

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Algumas citações do pensador que caem como uma luva no tema são:

“Aprender a ler e escrever se faz assim uma oportunidade para que mulheres e homens percebam o que realmente significa dizer a palavra: um comportamento humano que envolve ação e reflexão.”

“A leitura do mundo precede a leitura da palavra.”“

A alfabetização é mais, muito mais, do que ler e escrever. É a habilidade de ler o mundo.” 

+ 5 assuntos sobre educação que podem ser tema de redação

Quer entender como encaixar isso na prática? Elaboramos um pequeno modelo de redação sobre o assunto que leva uma dessas frases. 

O analfabetismo funcional ainda representa um dos principais entraves ao pleno desenvolvimento educacional no Brasil. Segundo dados do Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), coordenado pela Ação Educativa, 29% da população brasileira entre 15 e 64 anos apresentam dificuldades significativas para compreender e aplicar, de maneira eficaz, habilidades básicas de leitura, escrita e matemática no cotidiano. Essa realidade compromete não apenas o acesso à informação, mas também o exercício da cidadania e o desenvolvimento socioeconômico do país, ao evidenciar a ausência de uma formação crítica e emancipadora.

Nesse sentido, o pensamento do educador Paulo Freire torna-se fundamental para refletir sobre o problema. Em sua obra ‘Ação Cultural para a Liberdade’, Freire afirma que ‘Aprender a ler e escrever se faz assim uma oportunidade para que mulheres e homens percebam o que realmente significa dizer a palavra: um comportamento humano que envolve ação e reflexão.’ Ou seja, alfabetizar não se resume a decodificar letras, mas sim a formar sujeitos capazes de interpretar o mundo e transformá-lo. A permanência do analfabetismo funcional, portanto, representa uma violação desse direito essencial à expressão, à autonomia e à participação social.

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Dessa forma, é imprescindível o fortalecimento das políticas públicas voltadas à Educação de Jovens e Adultos (EJA), com articulação entre União, estados e municípios. Iniciativas do terceiro setor também podem contribuir, como é o  caso do Projeto ALFA-EJA Brasil, realizado pelo Instituto Paulo Freire, que, por meio da formação de gestores, professores e educandos da EJA em municípios do Norte e Nordeste, combate o analfabetismo e a evasão escolar.

Tema 2: Discriminação
Se o tema da redação girar em torno de qualquer tipo de discriminação, você poderia apostar em duas citações certeiras das obras freirianas “Pedagogia da Autonomia” e “Pedagogia da Indignação”:

“Não me venha com justificativas genéticas, sociológicas ou históricas ou filosóficas para explicar a superioridade da branquitude sobre negritude, dos homens sobre as mulheres, dos patrões sobre os empregados. Qualquer discriminação é imoral e lutar contra ela é um dever por mais que se reconheça a força dos condicionamentos a enfrentar.”

 ⁠”A desumanização, embora seja um fato histórico concreto, não é um destino dado, mas o resultado de uma ordem injusta que gera violência nos opressores, o que, por sua vez, desumaniza os oprimidos”.

 Olha só um exemplo de como encaixar:

“A discriminação, em suas múltiplas formas — racial, de gênero, de classe ou de orientação sexual — ainda se mostra como um dos principais obstáculos para a construção de uma sociedade verdadeiramente democrática no Brasil. Mesmo diante dos avanços legais e das lutas por igualdade, práticas discriminatórias persistem nas relações sociais, refletindo desigualdades históricas e estruturais.

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No passado, muitas dessas discriminações foram validadas por falsos pensamentos científicos, como a eugenia, que afirmava a superioridade de pessoas brancas em relação a pessoas negras. Outras de ordem sociológica, como a ideia de democracia racial, contribuíram para minimizar os danos da escravidão. Neste contexto, o educador Paulo Freire rechaça em ‘A Pedagogia da Autonomia’ qualquer dessas justificativas, afirmando que ‘qualquer discriminação é imoral e lutar contra ela é um dever por mais que se reconheça a força dos condicionamentos a enfrentar.’ Essa fala de Freire evidencia que nenhuma forma de opressão pode ser naturalizada ou justificada — é preciso combatê-la com consciência crítica e ação coletiva.

Diante disso, a educação surge como um instrumento essencial para transformar essa realidade. Quando pautada por princípios de equidade e respeito à diversidade, ela tem o poder de desconstruir estigmas, promover empatia e fortalecer o senso de justiça social. Campanhas de conscientização, formação continuada de professores e inclusão de temas como direitos humanos e antirracismo nos currículos escolares são caminhos importantes para romper com os ciclos de discriminação. Assim, ao formar cidadãos críticos e comprometidos com a igualdade, a escola pode contribuir para a construção de uma sociedade mais justa, alinhada aos valores democráticos e aos direitos fundamentais.”

Já escolheu qual frase de Freire você vai usar em suas redações? Seja qual for o tema, é sempre possível recorrer ao pensamento freireano para defender um projeto de sociedade mais justa, inclusiva e democrática.

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