Não é só a gasolina que é adulterada: a Polícia Rodoviária Federal apreendeu Arla 32 adulterado. Em grande parte dos veículos a diesel, o Arla 32 é obrigatório, e até conta com um tanquinho à parte. O aditivo serve para reduzir as emissões de poluentes do motor; sem ele, há perda severa de desempenho, emissão excessiva dos poluentes e risco de multa.
A operação foi feita no estado do Amazonas, durante a 36ª Operação OTECA (Operação Temática de Combate à Adulteração de Combustíveis), nos dias 20 e 21 de outubro. As ações aconteceram nas rodovias federais BR-174 e BR-319, e tiveram como objetivo identificar irregularidades ambientais e fraudes em combustíveis — especialmente em veículos a diesel.
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Fraude no ARLA 32 e as irregularidades ambientais
Durante as inspeções, a Polícia Rodoviária Federal realizou testes para verificar a pureza do Arla 32 encontrado. O produto legítimo deve conter apenas ureia técnica e água desmineralizada. Entretanto, as amostras fiscalizadas apresentavam coloração roxa, o que indica a presença de minerais. Esses minerais alteram a composição química do reagente, comprometendo seu funcionamento e aumentando a emissão de NOx (os óxidos de nitrogênio), que são agentes altamente poluentes.
Além dessa fraude, os agentes detectaram o uso de diesel S500 em veículos que exigem o diesel S10 e falhas no sistema de controle de emissões.
A PRF multou e apreendeu os veículos flagrados e encaminhou os casos ao Ministério Público Estadual e ao Ibama. Eles ainda reforçaram que adulterar ou utilizar o Arla 32 falsificado é crime ambiental.
