Imagina passar mais dias da sua semana descansando do que trabalhando? Pode até parecer sonho, mas em vários lugares do mundo, a famosa escala 4×3 — quatro dias de trabalho, três de folga — já está virando realidade.
A proposta vem ganhando espaço à medida que empresas e governos repensam o equilíbrio entre produtividade e saúde física e mental. Sua implementação prática varia significativamente entre os países e setores. Enquanto algumas nações adotaram oficialmente essa jornada, outras ainda estão em fase de testes ou discussão legislativa. Além disso, a aplicação da escala 4×3 em setores específicos, como mineração, petróleo e gás, pode depender de fatores como a natureza do trabalho e regulamentações.
No Brasil, a proposta de adotar essa jornada surgiu do movimento VAT (Vida Além do Trabalho), que expôs a precarização da escala 6×1. Em resposta, a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) apresentou um projeto de lei para substituir as 44 horas semanais atuais por 36 horas, adotando a escala 4×3.
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A proposta enfrenta resistência no Congresso, com parlamentares argumentando que a redução da carga horária pode prejudicar a economia e aumentar o desemprego.
Confira abaixo alguns países que já embarcaram (ou estão testando) a escala 4×3:
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1. Islândia
Foi uma das pioneiras nos testes em larga escala. Após testes com a população, começou a implementar medidas de redução da jornada, adotando a semana de quatro dias de forma massiva, o que diminuiu a rotina de vários cidadãos para 35 a 36 horas semanais, sem alteração nos salários. O modelo virou padrão em várias empresas.
2. Bélgica
Desde 2022, trabalhadores podem optar por fazer suas 38 horas semanais em quatro ou cinco dias, com a possibilidade de ajustar a carga horária. É flexível, mas precisa de acordo com o empregador.
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3. Nova Zelândia
Na Nova Zelândia, grandes companhias foram as primeiras a adotar a semana de quatro dias, com resultados mostrando redução significativa do estresse e aumento da satisfação com o trabalho. Várias delas decidiram manter o modelo.
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4. Reino Unido
Desde 2021, realiza testes com incentivo financeiro para empresas que adotam a semana de quatro dias, visando avaliar os impactos dessa jornada na produtividade e bem-estar dos trabalhadores.
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5. Japão
No Japão, o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar oferece subsídios para incentivar a flexibilização da jornada de trabalho, mas a resistência cultural ainda mantém a questão em debate. A implementação em Tóquio começou em abril deste ano e também tem outros objetivos, como o aumento das baixas taxas de fertilidade.
6. Alemanha
A conclusão dos testes com a semana de quatro dias em 2024 levou mais de 70% das empresas a decidirem manter o modelo de trabalho reduzido, destacando-se como um exemplo de adoção bem-sucedida dessa jornada.
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7. África do Sul
Desde 2022, 28 empresas testam a semana de quatro dias, principalmente no setor de tecnologia, embora setores como mineração enfrentem dificuldades para adotar o modelo.
8. Espanha
O governo apoia testes em empresas de médio porte, especialmente no setor de serviços, para avaliar os efeitos da nova jornada.
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