(Foto: Reprodução/Instagram)
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O guia indonésio Ali Musthofa, que acompanhava a brasileira Juliana Marins durante a trilha no Monte Rinjani, negou ter abandonado a turista antes do acidente que resultou em sua morte. Em entrevista ao Globo, ele afirmou que orientou a jovem a descansar e que a esperaria mais adiante. Ao perceber a demora, retornou ao último ponto de descanso, mas não a encontrou.
“Depois de uns 15 ou 30 minutos, Juliana não apareceu. Procurei por ela no local de descanso, mas não a encontrei. Vi a luz de uma lanterna no barranco e ouvi a voz dela pedindo socorro. Tentei desesperadamente dizer a Juliana para esperar por ajuda”, relatou Musthofa.
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Trabalho para socorrer Juliana Marins foi retomado na noite de segunda-feira (23)
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Resgates arriscados e mortes recentes mostram os perigos da trilha mesmo com guias experientes
O guia, de 20 anos, atua na região desde novembro de 2023 e costuma subir o Rinjani duas vezes por semana. Ele disse ter ligado imediatamente para a empresa na qual trabalha, solicitando o resgate. Segundo Musthofa, Juliana havia pago cerca de R$ 830 pelo pacote turístico.
Jovem foi localizada após quatro dias em encosta íngreme
Juliana, de 26 anos e natural de Niterói (RJ), foi encontrada morta nesta terça-feira (24), após permanecer por quatro dias presa em uma ribanceira de difícil acesso, sem água, abrigo ou comida. A família confirmou o óbito nas redes sociais.
A queda ocorreu na madrugada de sexta-feira (21), em um dos trechos mais perigosos da trilha que leva ao cume do Monte Rinjani, um dos vulcões ativos da Indonésia. A região onde o corpo foi encontrado, conhecida como Cemara Nunggal, está situada entre 2.600 e 3.000 metros de altitude.
As buscas envolveram seis equipes de resgate, dois helicópteros e até furadeiras industriais. As condições climáticas adversas, como chuvas, neblina e terreno instável, impediram qualquer contato direto com Juliana desde o acidente.
Dificuldade no resgate e clima extremo agravaram situação
A operação enfrentou grandes desafios: a vítima foi localizada cerca de 500 metros abaixo da encosta, o que tornou inviável o acesso por cordas comuns. Informações iniciais de que Juliana teria recebido suprimentos foram desmentidas pela irmã, Mariana Marins.
Nos dois primeiros dias, drones equipados com sensores térmicos não conseguiram detectar a vítima. Foi somente na manhã de segunda-feira (23) que o corpo de Juliana emitiu calor, indicando que ela ainda estava viva, porém imóvel. Um helicóptero com um grupo especial de resgate foi acionado, mas as condições geográficas impediram o salvamento em tempo hábil.
Histórico de acidentes no Monte Rinjani
O caso reacendeu o alerta sobre os riscos do turismo de aventura na Indonésia. O Monte Rinjani é famoso por sua beleza cênica, mas também pela periculosidade de suas trilhas, onde acidentes fatais têm ocorrido com frequência crescente.
Entre os casos mais recentes estão a morte de um montanhista malaio em maio de 2025, a queda de um adolescente local em 2024 e a de um jovem israelense em 2022. Em um episódio anterior, um turista irlandês sobreviveu por pouco a uma queda de mais de 200 metros.
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