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Lecar: maior parte dos ‘fornecedores’ nega parceria com a marca 

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Lecar: maior parte dos ‘fornecedores’ nega parceria com a marca 

A Lecar, marca fundada pelo empresário Flávio Figueiredo Assis, que se autointitula como Elon Musk brasileiro, já anunciou dois carros e prepara o seu terceiro, o SUV Tático. Mas até agora tudo está na base do Photoshop, do gesso e papel crepom.

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Em seu site, o empresário já aceita reservas do sedã 459 e da picape Campo, ambas com preço sugerido de R$ 159.300, que pode ser diluído em 72 parcelas de R$ 2.215,50, assim como outras opções de parcelamento.

Com preço anunciado de R$ 159.300, interessado pode fazer pedido pelo site e parcelar a perder de vista

Quando se passeia pelo site da Lecar, o visitante vê o carro, pode conferir a ficha técnica e mais um monte de outras informações, inclusive a lista de fornecedores. Na página, a empresa escreve:

Com um compromisso firme com a excelência e a nacionalização de sua cadeia produtiva, a empresa já assegurou a disponibilidade de peças de reposição em todo o território nacional, antecipando-se ao início da fabricação de seus modelos híbridos”.

Mas como reza a máxima atribuída a Garrincha: “faltou combinar com os russos!”

“Fornecedores” negam contratos com a Lecar

A reportagem de AutoPapo entrou em contato com os fornecedores listados na página. E a resposta da maioria vai contra ao que está propagandeado na página.

Página lista os fornecedores da Lecar, mas grande parte nega ter fechado parceria com a marca (Foto: Reprodução | Lecar)

Entre as empresas listadas está a Pirelli. A gigante italiana de pneumáticos respondeu que não tem contratos com a Lecar. A negativa também veio por parte da Apolo Tecnologia (do grupo Marcopolo), que atua no segmento de polímeros.

Não temos contrato firmado com a Lecar, mas através de nossa engenharia participamos de parte da possibilidade de desenvolvimento dos para-choques serem em DCPD. O qual inclusive disponibilizamos amostras do material para a exposição dos carros e lançamentos Lecar. Temos contatos com eles. E esperamos que ocorra o lançamento com muito sucesso. E que possamos ser os fornecedores dessas peças”, fecha nota.

A própria Marcopolo também foi questionada e o retorno oficial foi que: “A Marcopolo informou que desconhece qualquer tipo de relação com a Lecar. Não há nada que relacione a empresa com a Lecar nos registros, seja cadastro como fornecedor, contrato de parceria ou acordo de confidencialidade”.

A Lecar também pontua que a Randon, conhecida no setor de autopeças e implementos rodoviários é uma das parceiras. Mas a resposta, em nota, foi bem diferente.

A Randoncorp informa que não possui qualquer relação comercial, contratual ou institucional com a empresa Lecar. As marcas Suspensys, Fras-le e Nakata, pertencentes ao grupo, também não mantêm qualquer vínculo com a referida companhia. No caso específico de Fras-le e Nakata, trata-se de linhas de produtos disponíveis ao consumidor final, que podem ser adquiridos livremente no mercado. A Randoncorp atua de forma ética e transparente, sendo reconhecida como uma das líderes de mercado no Brasil e no exterior, com presença em mais de uma centena de países e uma ampla rede global de vendas e serviços”, conclui.

Ou seja, a Lecar pode até comprar peças da Randon, mas isso não faz dela uma parceira. É apenas uma relação de compra e venda.

A única empresa que atestou parceria com a Lecar foi a Horse. A fabricante de motores criada pela Aliança Renault-Nissan e a Geely, nos encaminhou um release de sua página (em inglês) onde pontua o fornecimento de 12 mil motores.

No entanto, o que Flávio Assis alardeia e usa como argumento para formar sua rede de concessionários é que a sua fábrica (ainda no campo dos sonhos) fabricará 120 mil carros.

“Não queremos nos associar”

As demais empresas citadas não nos retornaram. Um porta-voz de uma delas, que pediu anonimato (para não ser associado à Lecar), recorda do comportamento estranho do empresário, num encontro rápido, que não durou 15 minutos, para falar sobre a picape Campo. “(Ele) não deu nem boa tarde e já queria gravar vídeos, o que não aconteceu”.

O representante de uma das empresas listadas afirma que as conversas sobre fornecimento são muito embrionárias. “Não há qualquer contrato, projeto em andamento, previsão, exclusividade nem nada do gênero e afirmamos que nenhum compromisso será tomado por enquanto para não colocar a credibilidade da marca em jogo, sem antes haver uma garantia”, afirma.

Assim, um empresário que funda uma empresa, que não tem sede, que não tem produto e que ainda por cima lista (da própria cabeça) seus fornecedores não pode reclamar da desconfiança da imprensa e da sociedade em geral.

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