Novas imagens revelam a dimensão da destruição de um navio que transportava veículos elétricos e híbridos após um incêndio tomar a embarcação em pleno Oceano Pacífico, a aproximadamente 480 quilômetros ao sul de Adak, no Alasca.
O alerta de socorro foi enviado no último dia 4, por volta das 15h15 no horário local. O navio de carga Morning Midas, de 600 pés com bandeira da Libéria e administrado pelo Reino Unido, transportava 22 tripulantes, que foram retirados com segurança.
Até a última atualização da Guarda Costeira dos EUA, a embarcação estava a 350 quilômetros da costa, navegando para nordeste a 2,9 km/h. O rebocador Gretchen Dunlap chegou ao local nesta segunda-feira (9) para iniciar as avaliações e outras duas embarcações de apoio chegarão ao local em até duas semanas.
O resgate
Observadores no centro de comando do 17º Distrito da Guarda Costeira emitiram uma transmissão urgente solicitando assistência de embarcações nas proximidades do Morning Midas logo após o alerta de socorro. Três embarcações da Good Samaritan responderam ao incidente.
A tripulação do Cutter Munro (WMSL 755) da Guarda Costeira dos EUA também foi imediatamente desviada para a área, além de uma tripulação aérea do C-130J Super Hercules e uma tripulação aérea do helicóptero MH-60T Jayhawk.
Todos os 22 tripulantes a bordo do Morning Midas evacuaram o navio em um bote salva-vidas e foram resgatados pela tripulação do Cosco Hellas, um dos navios da Good Samaritan no local, sem relatos de feridos.
“Com a conclusão da parte de busca e salvamento da nossa resposta, nossas equipes estão trabalhando em estreita colaboração com o gerente da embarcação, a Zodiac Maritime, para determinar o destino da embarcação”, disse a Contra-Almirante Megan Dean, comandante do Décimo Sétimo Distrito da Guarda Costeira.
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Carga perigosa?
No dia seguinte ao incêndio, autoridades confirmaram que o navio transportava 3.048 veículos no total, sendo 70 totalmente elétricos e 681 parcialmente elétricos híbridos. O navio partiu da China com direção ao México, segundo o site Maritime Executive.
A fumaça teria começado no convés que abrigava veículos elétricos. O fogo se intensificou e a tripulação não conseguiu conter as chamas, apesar do sistema de combate a incêndio, disse um representante da empresa ao The Register.
As baterias de íon de lítio podem ter contribuído para a dificuldade de apagar o fogo. Isso porque esse tipo de aparelho está sujeito a um fenômeno conhecido como descontrole térmico, como explica o site Popular Science, favorecendo a ocorrência de curto-circuitos.
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