Um medicamento recém-aprovado agora está sendo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para prevenção do HIV. O uso do lenacapavir é sugerido especialmente para os grupos mais vulneráveis.

Estudos mostraram que a droga é capaz de reduzir drasticamente o risco de infecção, oferecendo proteção quase total contra o vírus. Dessa forma, ela pode ser uma grande aliada para combater o avanço da doença em todo o mundo.

Aplicação de injeção semestral

A recomendação da OMS acontece cerce de um mês depois da aprovação do lenacapavir pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos. O tratamento consiste na aplicação de uma injeção a cada seis meses para a prevenção do HIV.

A primeira recomendação é que o lenacapavir, uma injeção de ação prolongada, seja oferecido como mais uma opção de prevenção para pessoas em risco de HIV, como parte de uma estratégia combinada de prevenção. Trata-se de uma recomendação forte, com nível moderado a alto de certeza nas evidências.

Meg Doherty, diretora do Departamento de Programas Globais de HIV, Hepatites e Infecções Sexualmente Transmissíveis da OMS

A Organização Mundial da Saúde ainda fez um apelo para que governos, financiadores, gestores e a sociedade civil trabalhem juntos para implementar e integrar o medicamento aos programas já existentes de combate ao HIV. Já a farmacêutica Gilead Sciences, fabricante do lenacapavir, anunciou que firmou um acordo com o Fundo Global para fornecer o medicamento sem fins lucrativos.

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Infecções por HIV são um problema global

• O HIV é transmitido principalmente por meio de relações sexuais sem proteção ou pelo compartilhamento de agulhas.
• O vírus ataca o sistema imunológico e pode evoluir para a síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids).
• Segundo a OMS, cerca de 40 milhões de pessoas viviam com o vírus no mundo até o fim de 2023.
• Já dados da ONU alertam que milhões de pessoas podem morrer por causas relacionadas ao HIV até 2029.
• Este preocupante cenário está condicionado a diminuição do financiamento de programas internacionais de saúde, especialmente por parte do governo dos Estados Unidos.

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