Os sistemas da prefeitura de São José do Rio Preto foram alvo de um ataque cibernético, supostamente ransomware, nesta quinta-feira (5). A invasão derrubou os serviços digitais da administração municipal, forçando servidores públicos a retomarem processos manuais.
“Este ataque específico ultrapassou as barreiras digitais, comprometeu a estabilidade operacional da prefeitura e, por isso, é considerado um ataque direto à população rio-pretense”, declarou a Empresa Municipal de Processamento de Dados de São José do Rio Preto (Empro). “Imediatamente após a identificação do ataque, a Empro adotou todas as medidas cabíveis para isolar os equipamentos afetados, iniciar o processo de restauração dos sistemas e backups, além de apurar rigorosamente as causas do incidente”, acrescentou a empresa.
Segundo a Empro, os bancos de dados não foram comprometidos, mas o acesso foi suspenso temporariamente por precaução.
A interrupção afetou diversos serviços públicos, incluindo Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Unidades Básicas de Saúde (UBSs). O telefone do SAMU e o sistema do laboratório municipal também saíram do ar, segundo apuração do Diário da Região.
Outros setores impactados foram a Guarda Civil Municipal, a Secretaria de Obras, a Câmara Municipal e o Semae, que tiveram seus sistemas e linhas telefônicas comprometidos.
“A empresa segue trabalhando incansavelmente para restabelecer os sistemas o mais rápido possível e reafirma seu compromisso com a segurança da informação e a transparência na comunicação com os cidadãos”, disse a Empro em publicação no Instagram.
O tipo do ataque não foi divulgado oficialmente até o momento, mas conforme sugere o print e o uso do termo “sequestro de dados” no comunicado oficial da Empro, parece se tratar de um ransomware.
Prefeito se manifesta sobre o ataque
Em entrevista à Gazeta de Rio Preto, o prefeito Fábio Candido (PL) afirmou que vai “apurar profundamente para chegar à autoria desse ataque hacker que tanto prejudica a população”. Ele ainda questionou: “Pergunto a vocês: a quem interessa obter ou destruir informações da prefeitura diante de uma política que instituímos de integridade, revisão de contratos e avaliação de pactos da administração anterior? Fica aí nossa preocupação”.
A investigação do caso envolve a Polícia Civil, a Polícia Federal e o Ministério Público.
Ataques hacker contra instituições públicas estão se tornando cada vez mais frequentes — e perigosos. Para seguir acompanhando casos como este e outros temas de segurança digital, acompanhe o TecMundo no Instagram, TikTok, YouTube, X e Facebook.