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Tarifaço de Trump agrada montadoras japonesas e prejudica Ford, GM e Stellantis

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Tarifaço de Trump agrada montadoras japonesas e prejudica Ford, GM e Stellantis

A nova rodada de tarifas de Donald Trump teve como alvo o Japão e foi anunciada nessa quarta-feira (23). O que seria uma vitória dos EUA, entretanto, deixou as montadoras norte-americanas insatisfeitas e fez disparar as ações de concorrentes japonesas.

A reação se deve à matemática: daqui em diante, carros importados do Japão serão taxados em 15% (e vice-versa). Enquanto isso, veículos feitos no Canadá e no México pagam 25%, atingindo com força a produção de General Motors, Ford e Stellantis.

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E mesmo veículos produzidos no país de Trump, dizem analistas, podem sofrer com aço e alumínio mais caros, entre outros bens taxados pelo presidente frente ao mundo inteiro.

Montadoras beneficiadas

De acordo com o analista Felipe Munoz, quem mais se deu bem foram as montadoras japonesas que produzem pouco (ou nada) na América do Norte e, ao mesmo tempo, exportam bastante para os EUA.

Nesse cenário, melhor para a Mitsubishi e Subaru, que não têm fábricas na América e exportam até 26% do seu volume global para os Estados Unidos.

Não foi à toa que as ações da Subaru dispararam 20% na bolsa de Tóquio após o anúncio.

Ações da Subaru subiram nas bolsas norte-americanas (Foto: Shutterstock)

Efeito semelhante também valeu a Mazda e Toyota, que, todavia, ainda podem sair perdendo na barganha.

Ainda que tenha vendido cerca de 400 mil carros japoneses nos EUA em 2024, por exemplo, a Toyota também fabrica bastante no continente americano.

“Logo, qualquer ganho desse acordo com o Japão pode ser anulado por tensões entre os EUA e seus vizinhos”, explicou Munoz.

Isso não impediu que as ações da Toyota disparassem em 14%, também impulsionadas por bons resultados financeiros no ano.

Já Honda e Nissan, opina o analista, estão mais neutras em relação às tarifas japonesas. Isso porque quase todos os Honda e Nissan dos EUA vem do próprio país ou do México.

“Ambas precisam se atentar, pois podem se tornar vulneráveis às rivais japonesas”.

Ruim para as montadoras americanas

Enquanto os japoneses comemoram as tarifas de Donald Trump, as montadoras do país americano lamentaram profundamente.

Desde o final do século XX, o chamado Big Three (Ford, General Motors e a parte da Stellantis oriunda da Chrysler) moveu fábricas para os vizinhos a fim de diminuir custos para o comprador dos EUA.

Por consequência, em 2024, cerca de 2 milhões de veículos destinados aos Estados Unidos foram produzidos no México ou no Canadá.

Mesmo com boa parte das peças oriundas dos Estados Unidos, esse montante vem sofrendo com 25% de impostos extras desde que o ‘tarifaço’ de Trump começou.

“Qualquer acordo que cobra uma tarifa menor de importações japonesas do que de veículos feitos na América do Norte — com grande parte dos itens feitos nos EUA — é ruim para as montadoras e trabalhadores do setor”, disse Matt Blunt, presidente da associação que representa o setor perante Washington.

No primeiro semestre de 2025, a Stellantis estimou US$ 350 milhões em prejuízo por conta da guerra fiscal. No caso da General Motors, foi bem pior: US$ 1,1 bilhão em perdas só entre abril e junho.

GM teve prejuízo de mais de 1 bilhão de dólares (Foto: General Motors | Divulgação)

MAGA?

Ao anunciar a tarifa de 15% sobre o Japão, o presidente dos EUA disse esperar que a medida crie um efeito contrário: aumentar a exportação para os asiáticos.

Mas, pelo menos no setor automotivo, a missão será complicada, acredita Felipe Munoz.

Segundo levantamento do analista, o Big Three vendeu apenas 5.983 carros norte-americanos no Japão em 2024. Motivos para isso incluem a predileção dos japoneses por veículos nacionais e diferenças brutais nas necessidades do consumidor.

Enquanto os americanos priorizam SUVs e picapes grandes, mal há espaço para tais categorias em ruas japonesas, apertadas.

Mercado dos EUA é focado em grandes picapes e SUVs (Foto: Ford | Divulgação)

Outro aspecto é o fato dos asiáticos já terem produção com volante à esquerda há muito tempo; as montadoras dos EUA, por outro lado, precisariam adaptar suas fábricas.

Por fim, também há regras de consumo e emissão de poluentes, que favorecem os kei cars orientais.

“Os veículos produzidos nos EUA, hoje em dia, não são nada competitivos no Japão. Eles são grandes, consomem muito e não têm a melhor reputação lá”, completou Munoz.

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