(Foto: Reprodução/Tesouro Direto)
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As taxas dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto avançam com força nesta quarta-feira (16), puxadas pela combinação de incertezas fiscais domésticas, impasse sobre o IOF e novos ruídos nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos. As taxas dos papéis prefixados subiram até 22 pontos-base em relação ao fechamento anterior.
Por volta das 13h02, o Tesouro Prefixado 2032 oferecia retorno de 14,04% ao ano, acima dos 13,84% registrados na véspera. O Prefixado 2035, com juros semestrais, batia 14,14%, enquanto o IPCA+ 2045, com pagamento de juros, pagava IPCA + 7,24%, frente a 7,18% no dia anterior.
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O movimento acontece em meio à volatilidade nos mercados internacionais após a divulgação do índice de preços ao produtor (PPI) nos Estados Unidos, que veio estável em junho ante maio, contrariando expectativas de alta de 0,2%. A surpresa freou os rendimentos dos Treasuries, mas não impediu a pressão nas taxas brasileiras diante dos riscos fiscais crescentes.
No radar dos investidores está o avanço na Câmara do projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda, que pode elevar a renúncia fiscal para R$ 31,7 bilhões anuais. O texto ainda precisa passar pelo plenário da Casa e pelo Senado, mas já preocupa o mercado diante do impacto nas contas públicas, com o projeto prevendo déficit para 2028.
Outro foco de tensão é o impasse sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O governo pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a revalidação imediata do decreto que aumentou o imposto, após audiência de conciliação entre Executivo e Legislativo mediada pelo STF terminar sem acordo.
No front externo, os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira a abertura de uma nova investigação comercial contra o Brasil, que chamou atenção por mirar o Pix por suposta “prática desleal”.
Confira os juros pagos pelos títulos do Tesouro Direto às 13h02 desta quarta-feira (16):
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