O Tour de France 2025 terminou no último domingo (27 de julho) em clima de consagração. O esloveno Tadej Pogacar, da UAE Team Emirates‑XRG, garantiu seu quarto título com folga: fechou a geral com 4 minutos e 24 segundos de vantagem sobre Jonas Vingegaard, bicampeão de 2022 e 2023.
A etapa final, sob chuva intensa e com três subidas na emblemática Butte Montmartre, foi marcada por emoção.
VEJA TAMBÉM:
- Tour de France: a competição de ciclismo mais famosa do mundo
- Bicicleta compartilhada: o que é, como usar, principais vantagens
- Freios a disco para bicicletas de estrada: tudo o que você precisa saber
Estatísticas impressionantes
Com apenas 26 anos, Pogacar igualou Chris Froome ao ser quatro vezes campeão do Tour de France, faltando apenas mais uma conquista para alcançar lendas como Eddy Merckx, Bernard Hinault, Jacques Anquetil e Miguel Indurain. Ele também se tornou o mais jovem a alcançar quatro títulos da prova, superando o recorde de Merckx de 1972.
Em termos de performance individual, Pogacar acumulou quatro vitórias de etapa neste Tour (etapas 4, 7, 12 e 13) e conquistou o maillot de montanha. Ele terminou a corrida com o tempo de 76h 00’32”, mantendo domínio sobre o pelotão e se distanciando dos rivais em momentos chave.
A trajetória de um prodígio: de Komenda ao topo do mundo
Nascido em Komenda, Eslovênia, em 1998, Pogacar veio de uma carreira sólida no ciclismo júnior, mas despontou ao vencer o Tour de l’Avenir em 2018. Logo em sua estreia no Tour de France em 2020, ainda com apenas 21 anos, sagrou-se campeão, tornando-se o mais jovem vencedor desde 1904.
Um ano depois, venceu novamente em 2021, e retornou ao trono em 2024 após dois segundos lugares seguidos. Em 2024 realizou o notável Triple Crown: Giro d’Italia, Tour e Campeonato Mundial no mesmo ano.
O impacto nos ciclistas iniciantes
O que Pogacar exibe é muito mais do que talento físico: é resiliência, disciplina e planejamento. Para quem pedala de forma amadora ou vê na bike uma rota de mobilidade urbana, essas características são igualmente inspiradoras.
E o que vem pela frente?
Após o triunfo, Pogacar já anunciou que pretende competir em 2026, embora não veja o legado como prioridade. Os Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028 podem marcar um ponto de transição, mas o contrato com a equipe vai até 2030. Enquanto isso, a decisão de participar da Vuelta a España 2025 ainda está em aberto, a depender de seus objetivos pessoais e preparo.
O legado de Pogacar no ciclismo
Ele deixa claro um novo padrão para o esporte: domínio equilibrado entre força, estratégia e mentalidade saudável. Diferente de ícones do passado, sua escolha por menos provas e foco em recuperação emocional o coloca em outro patamar de longevidade esportiva.
No cenário mundial, sua temporada de 2025 incluiu vitórias em clássicas como Liège‑Bastogne‑Liège, Flandres e Strade Bianche, além do Critérium du Dauphiné, reforçando sua versatilidade.
Pogacar: a nova cara do ciclismo
Tadej Pogacar não é apenas o campeão do Tour de France 2025, ele é a personificação da nova cara do ciclismo. Uma geração que mescla desempenho físico, inteligência tática, equilíbrio emocional e respeito pelos limites do corpo e da mente.
Para quem é fã de ciclismo ou simplesmente busca histórias de superação, a trajetória de Pogacar é um convite para se inspirar e pedalar com mais propósito.
E, acima de tudo, revela que o ciclismo contemporâneo não é feito apenas de força, é feito de estratégia, saúde mental, escolhas conscientes e o prazer genuíno de estar sobre duas rodas.
